2001-Barreto Roseli

在 23/12/11 00:05 上。

 

Dissertação de Mestrado

 

Autor: BARRETO, Roseli de Fátima Brito Neto

Título: As estratégias da memória em Goiás. Política cultural e a criação do Museu Pedro Ludovico

Resumo: Este trabalho analisa a criação do Museu Pedro Ludovico como um lugar que expresa a força simbólica de um personagem central da história de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira. O museu, comporta um espaço em várias dimensões, de natureza documental, de pesquisa histórica, de recuperação e preservação do patrimônio. Neste sentido, o trabalho tem por base a utilização dos recursos de construção do imaginário, por meio da imprensa, do registro da memória do personagem, da exposição de objetos simbólicos e de publicações que sustentam o planejamento do museu. Coube à pesquisa, então, delimitar o museu como objeto e acompanhar as estratégias que possibilitaram a formação de um “campo de memória” que deu lugar a um espaço de condensação das representações imaginárias criadas em torno de Ludovico. O Museu Pedro Ludovico foi instalada em sua própria residência. A casa foi construída aproximadamente em 1934, em estilo Art déco, projetada pelo urbanista Atílio Correia Lima, integrando-se ao projeto residencial de Goiânia, transformando-se em museu no ano de 1987. O trabalho centra, a partir daí, nos mecanismos que envolvem as construções das representações e as estratégias que definiram as potencialidades dos objetos simbólicos (acervo do museu) que fornecem ressonância à proposta de consagração da memória do ludoviquismo. O projeto de implantação do museu, desta forma, foi determinado pela interação entre o poder público e sua capacidade de controle do processo que se pretendia relacionar-se com a cidade e com a criação de uma nova mentalidade. Nesse caso, o museu se transforma em um canal para intervenção estatal e legitimação do poder. O Estado subvenciona a mídia, que divulga e condiciona a natureza dos eventos e, ainda, insere o cidadão no debate. Sob o processo de adesão, o poder político realiza a conciliação entre memória individual e memória coletiva. O que passaria a simbolizar o sentido de permanência e consagração do personagem no processo de atualização de períodos específicos do contexto histórico da sociedade goiana: a reordenação econômica do Estaado e a transferência e construção da nova capital (ou revolução de 30 e a Marcha para o Oeste). Símbolos de um tempo que, antes de tudo, foram estruturados para ser apreendidos, como parte das relações sociais tanto entre os homens do passado quanto do presente.

Orientador: Dr. Noé Freire sandes (UFG)

Data da defesa: 07.12.2001