Nesse curso proporemos a análise sobre as relações entre morte e memória no mediterrâneo antigo. Tal como compreendemos, a morte é um processo histórico, e em geral, as evidências arqueológicas e a cultura escrita incidem em práticas mortuárias, em ritos e em simbologias, que refletem movimentos populacionais e mudanças culturais como a conversão para o cristianismo. Trata-se de ressaltar a partir da simbologia da morte, do funeral e sua inserção no campo político, dos vestígios da família do morto para a sua memória e das ambiguidades da morte nos combates gladiatoriais, a compreensão do conceito de memória como um dispositivo de poder, que se vincula a recriação no presente de imagens sobre o passado, logo, os espaços do lembrar dependem das condições sociais e culturais presentes nas sociedades grega e romana. |