O intelectual e a política: perspectivas historiográficas e possibilidades de um roteiro teórico- metodológico
O campo intelectual, os produtores culturais, as instituições e as classes sociais no capitalismo. O ensaio (Adorno) como prática historiográfica. Um recorte temático: o intelectual e a derrota política. Roteiro teórico-metodológico para uma história campo institucional dos intelectuais/produtores culturais: Karl Mannheim, Lucien Goldmann, Russel Jacoby, João Bernardo, Pierre Bourdieu, Itamar Even-Zohar, John B. Thompson e Arnaldo Cortina. Roteiro conceitual: produtores culturais, polissistemas literários, intelectuais; ideologias; instituições; máximo de consciência possível, mercado editorial; estruturas significativas; visões de mundo; campo literário; habitus; totalidade histórica; história intelectual, entre outros. Ensaísmo experimental: o intelectual e a política – possibilidades historiográficas em alguns estudos de caso: 1) Albert Camus (1911-1960/ Argel – Paris), a política libertária do “homem revoltado” e a solidariedade dos exilados do mundo capitalista; 2) Frantz Fanon (1925-1961/ Argel – Túnis), “somos todos negros” ou a revolução africana para além do mundo capitalista; 3) José Velo Mosquera (1916- 1972/ Celanova – São Paulo), o exílio ibérico no Brasil e os interesses da CIA; 4) Álvaro de las Casas, (1901-1950/ Ourense – Barcelona), “fazer-se um nome”: estratégias de inserção de um exilado no campo da cultura brasileira; 5) Gilberto Freyre (1900-1987/ Recife – Lisboa), a “utopia” lusotropicalista para “o mundo que o português criou”; 6) Nelson Werneck Sodré (1911-1999 / Rio de Janeiro), a derrota do realismo político do militar-comunista na defesa radical do nacionalismo democrático; 7) José Casais Santaló, (1894-1971/ Santiago de Compostela – Juiz de Fora, MG), a divulgação no exterior, ao serviço do DIP, das representações sobre o Brasil desejadas pelo Estado Novo; 8) A Editora Irmãos Oriente – Taylor Oriente e José Modesto Oriente (1950-1960/ Goiânia), campo editorial privado e poder público no estado de Goiás na segunda metade do séc. XX.